quinta-feira, 24 de novembro de 2011

Realismo e Naturalismo no Brasil

Realismo no Brasil
     Na segunda metade do século XIX, o Brasil passou por mudanças políticas e sociais marcantes.
     O tráfico de escravos foi extinto e a abolição da escravatura ocorreu em 1888. A falta da mão-de-obra escrava foi substituída pelo trabalho dos imigrantes europeus.
Por causa do preconceito e da qualificação européia para o trabalho assalariado, o negro foi marginalizado socialmente.

A economia açucareira estava em decadência, enquanto o eixo econômico deslocava-se para o Rio de Janeiro, devido ao crescimento do comércio cafeeiro nessa região.

A evolução na indústria trouxe tecnologia às empreitadas do governo: a primeira estrada de ferro foi construída em 1954 (ligava o Porto de Mauá à raiz da Serra da Estrela) e logo depois, a Estrada de Ferro Central do Brasil.

Em 1889 foi proclamada a República pelo partido burguês Republicano Paulista (PRP), com a posse do primeiro presidente, o marechal Deodoro da Fonseca.

Em meio às questões sociais, econômicas e políticas pelas quais o Brasil passava, a literatura reagia contra as propostas românticas com o surgimento do Realismo sob influência do positivismo.

O positivismo, chegado da França, era uma corrente filosófica que tinha como fundamento analisar a realidade. Logo, as produções literárias do Realismo no Brasil, como o próprio nome já diz, estão voltadas à realidade brasileira.

Podemos apontar algumas características da literatura realista em oposição à romântica: os cenários (focados em centros urbanos); a natureza não mais vista como reflexo dos sentimentos, mas dando vazão ao ambiente social; o amor visto de maneira irônica, sem exaltações, o casamento realizado para fins de ascensão social; o trabalho como parte da vida cotidiana das personagens.

O Realismo no Brasil pode ser dividido entre as produções em prosa e poesia, nas quais se destacam os autores: Aluísio Azevedo, Raul Pompéia e Machado de Assis.

Naturalismo no Brasil
    
    Após o movimento do Realismo, que se limitava a retratar o homem em interação com o seu meio social, surge no Brasil o Naturalismo, que tinha como principal característica o emprego de temas voltados para a análise do comportamento patológico do ser humano. Essa nova escola literária baseava-se na observação fiel e científica da realidade, de forma bastante objetiva e detalhada, e também na experiência do indivíduo que, para os autores, era determinada pelo seu ambiente e hereditariedade. O Naturalismo surgiu no Brasil com a publicação da obra “O Mulato” do maranhense Aluísio Azevedo, publicada em 1881.
    Considerado por muitos como o início do pensamento teórico evolucionista de Charles Darwin no Brasil, o movimento ficou bastante conhecido por explorar temas nunca antes trabalhados como a homossexualidade, o incesto, o desequilíbrio e a loucura. Influenciados pelas ideias, não só de Darwin como também de Hippolyte Taine, Émile Zola e Auguste Comte, os autores naturalistas passaram a retratar em seus personagens traços de natureza animal, desde impulsos sexuais à comportamentos desregrados e instintivos. Além de Azevedo, foram representantes do movimento no Brasil: Eça de Queiroz, Horácio de Carvalho, Inglês de Souza, Julio Ribeiro, Adolfo Caminha, Emília Bandeira de Melo, Pápi Júnior, Rodolfo Teófilo, entre outros.

Alunos:
Camila Correa N:05         Turma2001
Josiney Silva  N;20
Kelly Silva N;22
Laiza n;25

Feira do Conhecimento


Poluição das águas
    
     O planeta Terra é constituído em grande parte por água, no entanto, 97% são salgadas e não adequadas ao consumo humano, irrigação e animais, dessa forma restam somente 3% de água doce, mas desse percentual somente cerca de 0,8% estão disponíveis, entretanto uma parte desse percentual encontra-se poluída e uma grande parcela está nos pólos congeladas.

   Diante dessas estimativas verifica-se claramente que a quantidade de água doce destinada ao consumo é bastante restrita e que requer uma preocupação em âmbito global quanto à escassez de água e o uso comedido desse importante recurso.

    Até pouco tempo acreditava-se que a água era um recurso infinito, mas já é sabido que essa informação é errônea e é uma das grandes preocupações desse século, uma vez que muitos países já enfrentam dificuldades para obter água.

   O elevado número de habitantes presente no planeta, grandes índices de urbanização associados ao intenso consumo das sociedades, atividades produtivas e falta de medidas ambientais que possam poupar um elemento natural indispensável à vida são alguns dos fatores ou agentes que afirmam a possibilidade de faltar água em médio prazo no mundo.

   Diante dessas perspectivas, a poluição ocupa um lugar de destaque, a contaminação da água contribui para a diminuição do recurso, além de disseminar doenças, pois anualmente morrem milhões de pessoas decorrentes da contaminação hídrica.

A poluição das águas é proveniente de várias origens, dentre muitas as principais são:

• Poluição industrial: a maioria das indústrias não faz o tratamento de seus dejetos, assim são conduzidos à natureza sem maiores cuidados, quase sempre são escoados para rios e lagos, como são produtos químicos deixam um rasto de destruição ambiental em plantas e animais.

• Insumos agrícolas: na atividade agrícola são usados diversos agrotóxicos e fertilizantes, porém, além de matar pragas e adubar o solo, esses elementos químicos favorecem a contaminação dos mananciais. Quando a aplicação de ambos é realizada esses permanecem nas plantas e no solo, com a chuva uma parcela das substâncias escoa em forma de enxurrada até atingir o curso de um rio ou córrego, uma parte é absorvida pelo solo e chega ao lençol freático. Posteriormente, essa água vai abastecer propriedades rurais e cidades, contamina simultaneamente pessoas que vivem em área urbana, rural, além dos animais domésticos e silvestres que ingerem essa água levando-os, em vários casos, à morte.

• Esgoto doméstico: esse tipo de poluição das águas acontece, muitas vezes, pela omissão do Estado que não disponibiliza tratamento de esgoto à sua população, com isso todos os dejetos de origem humana são despejados diariamente em rios e lagos. Ao receber tamanha quantidade de esgoto o manancial fica sem vida e concentra diversas doenças.

Alunos;

Camila Correa N;05                             Turma:2001
Josiney Silva    N;20
Kelly da Silva   N;22
Laíza Carvalho N;25

quarta-feira, 16 de novembro de 2011

Grupo 3 - Parnasianismo no Brasil





Introdução


A Parnasianismo foi um movimento literário que surgiu na França, na metade do século XIX e se desenvolveu na literatura européia, chegando ao Brasil. Esta escola literária foi uma oposição ao romantismo, pois representou a valorização da ciência e do positivismo.
O nome parnasianismo surgiu na França e deriva do termo "Parnaso", que na mitologia grega era o monte do deus Apólo e das musas da poesia. Na França, os poetas parnasianos que mais se destacaram foram: Théophile Gautier, Leconte de Lisle, Théodore de Banville e José Maria de Heredia.


Características do Parnasianismo



  • Objetividade no tratamento dos temas abordados. O escritor  parnasiano trata os temas baseando na realidade, deixando de lado o subjetivismo e a emoção;
  •  Impessoalidade: a visão do escritor não interfere na abordagem dos fatos;
  • Valorização da estética e busca da perfeição. A poesia é valorizada por sua beleza em sí e, portanto, deve ser perfeita do ponto de vista estético;
  • O poeta evita a utilização de palavras da mesma classe gramatical em suas poesias, buscando tornar as rimas esteticamente ricas;
  •  Uso de linguagem rebuscada e vocabulário culto;
  • Temas da mitologia grega e da cultura clássica são muito frequentes nas poesias parnasianas;
  • Preferência pelos sonetos;
  •  Valorização da metrificação: o mesmo número de sílabas poéticas é usado em cada verso;
  • Uso e valorização da descrição das cenas e objetos.
Parnasianismo no Brasil


No Brasil, o parnasianismo chegou na segunda metade do século XIX e teve força até o movimento modernista (Semana de Arte Moderna de 1922). 


Os principais representantes do parnasianismo brasileiro foram: 



  1. Alberto de Oliveira. Obras principais: Meridionais (1884), Versos e Rimas (1895), Poesias (1900), Céu, Terra e Mar (1914), O Culto da Forma na Poesia Brasileira (1916).
  2.  Raimundo Correia. Obras principais: Primeiros Sonhos (1879), Sinfonias(1883), Versos e Versões(1887), Aleluias(1891), Poesias(1898).
  3.  Olavo Bilac. Obras principais: Poesias (1888), Crônicas e novelas (1894), Crítica e fantasia (1904), Conferências literárias (1906), Dicionário de rimas (1913), Tratado de versificação (1910), Ironia e piedade, crônicas (1916), Tarde (1919).
  4. Francisca Júlia. Obras principais: Mármores (1895), Livro da Infância (1899), Esfínges (1903), Alma Infantil (1912).
  5. Vicente de Carvalho. Obras principais: Ardentias (1885), Relicário (1888), Rosa, rosa de amor (1902), Poemas e canções, (1908), Versos da mocidade (1909), Páginas soltas (1911), A voz dos sinos, (1916).



  • Olavo Bilac, Alberto de Oliveira e Raimundo Correia formaram a chamada "Tríade Parnasiana".
Gente postamos algumas fotos do SARAU. beeeijo Paloma, Isabelle :D

Fotos do Sarau - Dança



terça-feira, 15 de novembro de 2011

TURMA 2001: SARAU CONTEMPORÂNEO

  O que aconteceu com a turma 2001? O Sarau foi um sucesso, vocês trabalharam muito!!! Muita música, poesia, jograis, teatro de fantoches. E até agora nenhuma postagem: foto, filmagem, comentários...
  O que vocês estão esperando? Valorizem o trabalho feito por vocês!!! Aguardo postagem, Vera.

sábado, 29 de outubro de 2011

Grupo 4 - Simbolismo no Brasil

                                                      Simbolismo

    O simbolismo foi um movimento que se desenvolveu nas artes plásticas, teatro e literatura. Surgiu na França, no final do século XIX, em oposição ao Naturalismo e ao Realismo.

                                        O Simbolismo no Brasil
     Iniciado oficialmente em 1893, com a publicação de Missal (prosa poética) e Broquéis, de Cruz e Souza, considerado o maior representante do movimento no país, ao lado de Alphonsus de Guimarães, o Simbolismo brasileiro, segundo alguns autores, não foi tão relevante quanto o europeu. Em outras palavras, não conseguiu substituir os cânones da literatura oficial, predominantemente realista e parnasiana. Esse fenômeno não é difícil de entender: a ênfase no primitivo e no inconsciente desta poesia, seu caráter universalizante e ao mesmo tempo intimista, não respondiam às questões nacionais. Por outro lado, entretanto, pelas mesmas características mencionadas, as manifestações simbolistas no Brasil, especialmente no Sul, terra de Cruz e Souza, possuem uma aura de "seita", com verdadeiras sociedades secretas cujos ritos, jargões e nomes sugerem os traços essenciais do movimento (por exemplo: "Romeiros da Estrada de São Tiago", "Magnificentes da palavra de escrita", etc.). Movimento de cunho idealista, o Simbolismo teve que enfrentar no Brasil a atmosfera de oposição e hostilidade criada pelo Zeitgeist realista e positivista dominante desde 1870. O prestígio do parnasianismo não deixou margem para que se reconhecesse o movimento simbolista e avaliasse o seu valor e alcance, tão importantes que a sua repercussão e influência remotas são notórias em relação à literatura modernista. O Simbolismo foi abafado pela ideologia dominante e os adeptos do simbolismo sofreram sob forte oposição. O movimento simbolista na literatura brasileira teve força até o movimento modernista do começo da década de 1920.

                                    Características do Simbolismo


- Ênfase em temas místicos, imaginários e subjetivos;
- Caráter individualista
- Desconsideração das questões sociais abordadas pelo Realismo e Naturalismo;
- Estética marcada pela musicalidade (a poesia aproxima-se da música);
- Produção de obras de arte baseadas na intuição, descartando a lógica e a razão
- Utilização de recursos literários como, por exemplo, a aliteração (repetição de um fonema consonantal) e a assonância (repetição de fonemas vocálicos).

                                Principais artistas simbolistas


- Cruz e Souza
- Alphonsus de Guimaraens

                                                  Missal
      Os poemas de Missal são escritos em prosa. O Simbolismo ainda é algo latente nessas realizações, não atingindo o grau de musicalidade, plasticidade e sugestão desejadas. Por ser ainda a primeira obra de Cruz e Sousa na linha simbolista, não consegue atingir a sublimidade e a alquimia verbal de suas realizações posteriores. Vale mais como registro do que realmente como referência do Simbolismo no Brasil. Mesmo que saibamos da influência da poesia em prosa de Charles Baudelaire sobre Cruz e Sousa, são raros os momentos de genialidade dessa obra, se compararmos com os textos do grande mestre francês. Essas influências são ainda tênues, mais frutos da paixão do que da inspiração irmanada. Falta, sem dúvida, o brilho e os rasgos da impetuosidade baudelairiana a Cruz e Sousa nesses poemas. Essa força só poderá ser melhor admirada, indiscutivelmente, nos versos de Broquéis.
    Ainda que não nos caiba julgar os motivos que levaram à adoção de Missal, não nos parece coerente essa decisão dos examinadores que, ao contrário de atrair os jovens leitores. Tende a afastá-los ainda mais desse grande poeta que é Cruz e Sousa.

                                     Texto 1 - Oração ao Sol

    Sol, rei astral, deus dos sidéreos Azuis, que fazes cantar de luz os prados verdes, cantar as águas! Sol imortal, pagão, que simbolizas a Vida, a Fecundidade! Luminoso sangue original que alimentas o pulmão da Terra, o Seio virgem da Natureza! Lá do alto zimbório catedralesco de onde refulges e triunfas, ouve esta Oração que te consagro neste branco Missal da excelsa Religião da Arte, esmaltado no marfim ebúrneo das iluminuras do Pensamento.
Permite que um instante repouse na calma das Idéias, concentre cultualmente o Espírito, como no recolhido silêncio de igrejas góticas, e deixe lá fora, no rumor do mundo, o tropel infernal dos homens ferozmente rugindo e bramando sob a cerrada metralha acesa das formidandas paixões sangrentas.
                                                                        ...
    Ó radiante orientalista do firmamento! Supremo artista grego das formas indeléveis e prefulgentes da Luz! Pelo exotismo asiático desses deslumbramentos, pelos majestosos cerimoniais da basílica celeste a que tu presides, que esta Oração vá, suba e penetre os etéreos paços esplendorosos e lá para sempre vibre, se eternize através das forças firmes, num som álacre, cantante, de clarim proclamador e guerreiro.

     Esse longo poema em prosa representa uma espécie de ‘profissão de fé’ dentro da obra de Cruz e Sousa, já que estabelece muitíssimo bem sua intenção simbolista. O mesmo ocorre no “poema de abertura de Broquéis, Antífona”. E interessante destacar que essa invocação do sol tem a força de uma oração ou pedido para realizar seus poemas sem a interferência daqueles que detêm o poder sobre o mundo dos homens e das artes. O mesmo ocorre na epígrafe de Baudelaire utilizada em Broquéis.
     Com a influência da prosa e poesia do mestre francês do Simbolismo, Charles Baudelaire, latente em seus versos, a obra "Missal" do poeta Cruz e Sousa traz pela primeira vez o gênero para o Brasil.
     Apesar de pouco reconhecido pela crítica de sua época, o poema deixa de lado os significados lógicos e explícitos, para trilhar por caminhos mais sutis e de sugestões vagas, marca característica dos Simbolistas, assim como a musicalidade empregada na estética de seus textos.

 Integrantes:

Andreza - 03
Caroline de Souza - 07
Felipe - 09
Giseli  de Souza - 12
Hugo - 14
Ingrid - 15
Isabely  Barbosa- 17
Maicom Raoni - 28
Raphael Vilarinho - 32
Ramon - 33
Veronica - 40

quinta-feira, 27 de outubro de 2011


grupo 03  (Parnasianismo no Brasil)
Caroline de Souza    nº 07
Ingrid Felix    nº 15
Fabricio    nº 08
Felipe  nº 09
Ramon Dantas   nº 33
Verônica Carvalho   nº 40

quarta-feira, 26 de outubro de 2011

Grupo 02: Naturalismo no Brasil

O NATURALISMO


É uma ramificação do Realismo e uma das suas principais características é a retratação da sociedade de uma forma bem objetiva.

Os naturalistas abordam a existência humana de forma materialista. O homem é encarado como produto biológico passando a agir de acordo com seus instintos, chegando a ser comparado com os animais (zoomorfização).

Segundo o Naturalismo, o homem é desprovido do livre-arbítrio, ou seja, o homem é uma máquina guiada por vários fatores: leis físicas e químicas, hereditariedade e meio social, além de estar sempre à mercê de forças que nem sempre consegue controlar. Para os naturalistas, o homem é um brinquedo nas mãos do destino e deve ser estudado cientificamente.

NATURALISMO NO BRASIL

No país, a tendência manifesta-se nas artes plásticas e na literatura. Não há produção de textos para teatro, que se limita a encenar peças francesas.

Nas artes plásticas está presente na produção dos artistas paisagistas do chamado Grupo Grimm. Seu líder é o alemão George Grimm (1846-1887), professor da Academia Imperial de Belas-Artes. Em 1884, ele rompe com a instituição, que segue as regras das academias de arte e rejeita a prática de pintar a natureza ao ar livre, sem seguir modelos europeus. Funda, então, o Grupo Grimm em Niterói (RJ). Entre seus alunos se destaca Antonio Parreiras (1860-1945). Outro naturalista importante é João Batista da Costa (1865-1926), que tenta captar com objetividade a luz e as cores da paisagem brasileira.

Na literatura, em geral não há fronteiras nítidas entre textos naturalistas e realistas. No entanto, o romance O Mulato (1881), de Aluísio Azevedo (1857-1913), é considerado o marco inicial do naturalismo no país. Outras obras classificadas como naturalistas são O Ateneu, de Raul Pompéia (1863-1895), e A Carne, de Júlio Ribeiro (1845-1890). A tendência está na base do regionalismo, que, nascido no romantismo, se consolida na literatura brasileira no fim do século XIX e existe até hoje.


O primeiro romance é O mulato (1881) do maranhense Aluísio de Azevedo, o escritor que melhor representa a corrente literária do naturalismo brasileiro. Trata-se da história de um homem culto, mulato, que vive o preconceito racial ao se envolver com uma mulher branca. Outras obras classificadas como naturalistas são O Ateneu, de Raul Pompéia (1863-1895), e A Carne, de Júlio Ribeiro (1845-1890). A tendência está na base do regionalismo, que, nascido no romantismo, se consolida na literatura brasileira no fim do século XIX e existe até hoje. (1836-1912) e França Júnior (1838-1890)

No Brasil, as primeiras obras naturalistas são publicadas em 1880, sendo influenciadas pela leitura de Émile Zola.

Além da obra (O Mulato), ele foi o responsável pela criação de um dos maiores marcos da literatura brasileira: O cortiço.

Pela primeira vez, a literatura pôs em primeiro plano o pobre, o homossexual, os negros e os mulatos discriminados.

Alguns representantes do Brasil foram Horácio de Carvalho, Inglês de Souza, Julio Ribeiro, Emília Bandeira de Melo, Pápi Júnior, Rodolfo Teófilo, entre vários outros.

O ROMANCE NATURALISTA

O naturalismo foi cultivado no Brasil por Aluísio Azevedo, Júlio Ribeiro, Adolfo Caminha, Domingos Olímpio, Inglês de Sousa e Manuel de Oliveira Paiva. O caso de Raul Pompéia é muito particular, pois em seu romance O Ateneu tanto apresenta características naturalistas como realistas, e mesmo impressionistas.

A narrativa naturalista é marcada pela vigorosa análise social a partir de grupos humanos marginalizados, valorizando-se o coletivo. Interessa notar que a preocupação com o coletivo já está explicitada no próprio título dos principais romances: O Cortiço, Casa de pensão, O Ateneu. É tradicional a tese de que, em O Cortiço, o principal personagem não é João Romão, nem Bertoleza, nem Rita Baiana, mas sim o próprio cortiço.

No Brasil, a prosa naturalista foi muito influenciada por Eça de Queirós, basicamente com as obras O crime do Padre Amaro e O primo Basílio. Em 1881 surge o romance considerado o marco inicial do Naturalismo brasileiro: O mulato, de Aluísio de Azevedo.

Pertencem também ao Naturalismo brasileiro, entre outros, O missionário, de Inglês de Souza, e A carne, de Júlio Ribeiro, ambos publicados em 1888. Adolfo Caminha publicou A normalista (1893) e O bom crioulo (1896), considerados boas realizações naturalistas.

CARACTERÍSTICAS

- A principal característica do Naturalismo é o cientificismo exagerado que transformou o homem e a sociedade em objetos de experiências.

- Descrições minuciosas e linguagem simples

- Preferência por temas como miséria, adultério, crimes, problemas sociais, taras sexuais e etc. A exploração de temas patológicos traduz a vontade de analisar todas as podridões sociais e humanas sem se preocupar com a reação do público.

- Ao analisar os problemas sociais, o naturalista mostra uma vontade de reformar a sociedade, ou seja, denunciar estes problemas, era uma forma de tentar reformar a sociedade.

O MULATO



Nós vamos analisar a obra O mulato de (1881) de Aluísio Azevedo, Trata-se da história de um homem culto, mulato, que vive o preconceito racial ao se envolver com uma mulher branca. A partir daí nós podemos observar como o naturalismo foi um movimento que surpreendeu tanto, se até nos tempos de hoje nós sofremos preconceitos raciais imagina como era naquele tempo em que a obra foi publicada.

Na nossa opinião foi uma obra muito importante para a sociedade porque relata a realidade das coisas não apenas em nosso país mais em todo mundo. Todos nós sofremos preconceitos raciais e até hoje quando vemos uma mulher branca com um homem negro imaginamos que seja por interesse de alguma das partes e etc. E nós escolhemos essa obra porque ela que deu inicio ao Naturalismo Brasileiro, então teve muita importância.

Membros do grupo: Fernanda Lima n°: 10
Kamille Capistrano n°: 21
Lucas de Oliveira Almeida n°: 26
Luiz Henrique n°: 27
Rafael n°: 32

Texto do trabalho com fantoches sobre o livro Perequê e Açu (capítulo 5-3° bimestre) Grupo: Fernanda Lima n°: 10, Kamille Capistrano n°:21, Luiz Henrique n°:27, Rafael Ribeiro n°: 32

Narrador: os escravos que iriam partir junto com a comitiva, já estavam de prontidão junto à casa grande; a espera do seu Madruga.


Seu Madruga apareceu junto ao alpendre, e todos aguardavam o seu sinal. Para darem inicio a grande jornada até Vila Rica.

Ao seu comando a comitiva partiu...

Dona Barbara então se dirige a cozinha para falar com Perequê.

Dona Barbara: - Filho, você perdeu a comitiva do seu pai.

Perequê: -Perdi não mãe. Eu vi lá da janela do meu quarto.

Dona Barbara:- Acalme-se. Tome seu café devagar. Afinal, está com tanta pressa pra ir onde?

Perequê: Só vou me divertir juntamente com o Açu.

Narrador: Dona Bárbara percebeu que duas de suas escravas, estavam cochichando no final da cozinha e quis saber do que se tratava.

Dona Barbara: O que vocês tanto cochicham aí no canto?

Escrava: Acabei de saber de uma notícia horrível que aconteceu em uma das fazendas das redondezas.

Dona Barbara: Que notícia horrível é essa?

Escrava:- A senhora conhece a proprietária da fazenda Itaoca?

Dona Barbara:-Claro que sim! Embora, Madruga diga sempre, que ouve relatos por aí, durante as suas viagens, que ela é muito cruel com seus empregados.

Escrava: -É a mais pura verdade.

Dona Barbara:-Tá! Mais o que foi que ela fez de tão assombroso?

-Santo Deus! Conte logo criatura!

Escrava: Tá bom! Tá bom! Eu falo.

Narrador : E assim começou a falar a escrava:

Escrava: Dona Joaquina tinha um caso com um dos seus escravos de companhia. Certo dia, pegou o escravo Alaor de chamego com a sua cozinheira, que pegou uma faca afiada e cortou um pedaço da língua da escrava que chorava de tanta dor. E depois fez o pobre do escravo comer.

Dona Barbara:- Isso deve ser só conversa de escravos fujões.

Narrador: Perequê ficou por ali meio acabrunhado . Coçou a cabeça e disse:

Perequê:- Não sei porque, mais acho que tem algo de errado nesta história?

Mãeee, vou sair pra chamar o Açu pra gente caçar ou pescar.

Narrador: Enquanto isso, a comitiva do Seu Madruga, ia marchando de sol a sol.

Com o adiantar das horas, a tropa começa a mostrar o cansaço. E se faz necessário, uma pausa, para que todos possam descansar.

Eles acenderam uma fogueira...Prepararam a comida da tropa.

Logo depois do almoço, todos tiraram uma sesta de 30 minutos e voltaram a seguir viagem.

Enquanto isso, na fazenda... Perequê após ter terminado a sua lição, sai correndo todo apressado para encontrar o seu grande amigo.

Ao sair, logo encontra Açu, sentado ao pé da escada, que já o esperava.

Açu: -Puxa! Hoje você demorou mais do que os outros dias.

O que faremos hoje?

Perequê: Estava pensando em ir pescar de novo. O que você acha?

Açu: É pode ser.

Narrador: Os dois meninos se dirigem para a senzala para buscar os anzóis e o enxadão para que possam catar as minhocas no terreiro. Minhocas graúdas começaram a aparecer. Os meninos trataram de pegar somente as maiores. E ao se prepararem para deixar o local, avistam Alceu, um escravo que havia sido comprado recentemente.

Narrador : Alceu contava a lenda do “Pão quente”.

E assim ele falava:

Escravo:” Havia uma fazenda muito poderosa na região, que possuía um feitor implacável.O feitor carregava na cintura, um chicote de couro e nas pontas, pedacinhos de chumbo presos. Juvenal fazia deste chicote a sua marca registrada. Não havia escravo desta fazenda que não tivesse medo deste perverso feitor.”

- Bem, que os escravos desta fazenda deveriam se rebelar contra este maldito feitor. Não acha Perequê?

Perequê: Não acho que o feitor deveria ser tão ruim.

Escravo: E vocês ainda não ouviram a pior das crueldades.

Açu: - E ainda tem mais?

Escravo:Assim que eu terminar de contar vocês me digam se é ou não é pior.

Narrador :E voltou a contar:

Escravo:” Essa fazenda era próspera e produzia muita farinha de mandioca, muito café e aguardentes. Que depois eram vendidos aos comerciantes de toda a região, e também enviados para abastecer algumas cidades das Minas Gerais. “por causa da grande demanda de encomendas, os escravos trabalhavam sem parar. O carregado de fazer os pães era o escravo Sebastião e o ajudante Tibério. O feitor havia dado ordens expressas, que para que nenhum escravo da fazenda pudesse comer os pães frescos. Caso algu7m escravo teimasse e fosse pego comendo algum dos pães frescos, seriam severamente castigados. Juvenal, mão de ferro!Ficava sempre a espreita, vigiando os escravos como um cão sarnento. Certa manhã, ao entrar sorrateiramente na cozinha, o feitor surpreendeu o escravo Tibério, comendo um pão que tinha acabado de sair do forno.O feitor mão de ferro não quis saber de conversa.Desta forma, o escravo Tibério, com as mãos amarradas foi colocado dentro do forno. O pobre coitado pulava de tão quente que estava o forno.”

Perequê:- Virgem santíssima! Ninguém para acudir o Tibério?

Escravo: “O escravo Sebastião , implorava chorando e pedindo ao feitor, para que não cometesse tal crueldade. Mas Juvenal não estava para brincadeira.

Perequê:-Que homem mais perverso.

Escravo: Tibério não agüentou mais e sucumbiu com a pele toda esturricada. Restou ao velho e amigo Sebastião tirar o corpo assado do amigo e enterrá-lo aos prantos. “

Perequê: Isso que é crueldade.

Açu: Perequê, Perequê!

Perequê:O que foi Açu. Ficamos aqui parados ouvindo esta história e esquecemos de ir pescar.

Narrador:Eles passaram o restante da tarde pescando e voltaram para a senzala com o cesto cheio.

Enquanto isso, a comitiva do Senhor Madruga, seguia serra a cima.

Seu Madruga: Apertem os passos pessoal, não queremos que a noite caia, e que estejamos no meio da estrada. Pois o perigo acaba sendo maior.

Narrador :Depois de muitos dias, e de toda a mercadoria vendida, seu Madruga, retorna a fazenda.

Perequê:Benção, papai?

Seu Madruga:Deus te abençoe, filho.

E aí Bárbara. Tudo bem aqui na fazenda?

Dona Barbara:Sim, Madruga.

Seu Madruga: A viagem foi muito cansativa, mas alcancei o meu objetivo que Ra de vender toda a nossa mercadoria.

Vou descansar o resto do dia, mas amanhã bem cedo voltamos a rotina de sempre. Durante a viagem, fiz contatos com outros comerciantes e acabei por obter novos pedidos de aguardentes e farinha. Daqui a dois meses, voltaremos com outra comitiva, para entregarmos os pedidos.

Dona Barbara: Que bom que tudo ocorreu bem. A reza da escrava Inácia é realmente poderosa.

Ainda bem que temos a benzedeira Inácia, em nossa fazenda. Assim sempre teremos a proteção da sua sabedoria.
Componentes do grupo 02 (Naturalismo no Brasil): Fernanda Lima n°:10, Kamille Capistrano n°: 21, Lucas Almeida n°: 26 e Luiz Henrique n°: 27.
Fernanda Lima
Geeenteee postei a nossa foto.! Beeeijo.* Fernanda

ATENÇÃO!

  Os grupos formados, hoje, em sala de aula, estão longos porque não entregaram e nem postaram no blog os nomes dos componentes com dia marcado: 19/10/2011. Consequentemente, a apresentação que deveria ser feita hoje: Naturalismo no Brasil, não aconteceu. Logo, podem redividir os dois grupos (feitos hoje em sala)  em três.
   As apresentações do grupo 02, será feita dia 16/nov./2011, com o seguinte tema: Naturalismo no Brasil; grupo 03, será feita dia 16/nov/2011, com o seguinte tema: Parnasianismo no Brasil; grupo 04, será feita dia 16/nov/2011. ( Quinze minutos para cada grupo ).
    Não aceito outra possibilidade e espero que os alunos da turma 2001 tenham um pouco mais de responsabilidade.
    O grupo 01: Realismo no Brasil, apenas complementará a postagem feita no blog e já possui nota do trabalho, 5,0. ( O grupo não precisa fazer o trabalho dos outros alunos).
                                           Agradeço antecipadamente, Vera.

simbolismo no Brasil

Grupo 4
Andreza  n03
Giseli Sousa  12
Isabely Barbosa  17
Maicon Raoni  28
Raphael Vilarinho  34
Realismo – Autores, Livros, Obras e Características.


   O Realismo foi uma escola literária que combatia os ideais românticos. O surgimento ocorreu enquanto o mundo vivenciava o nascimento do socialismo e da segunda Revolução Industrial.
   O Realismo em Portugal teve como marco inicial a Questão Coimbrã (1865), quando se defrontam, de um lado, os jovens estudantes de Coimbra, atentos às novas idéias que vinham da França, Inglaterra e Alemanha e, de outro, os velhos românticos de Lisboa.
    O Realismo foi inaugurado em 1881 no Brasil. Nesse ano duas obras se destacaram: O mulato, de Aluísio de Azevedo, e Memórias póstumas de Brás Cuba, de Machado de Assis.

     Características do Realismo.
    O objetivismo aparece como negação do subjetivismo romântico; o universalismo ocupa o lugar do personalismo. O sentimentalismo cede terreno ao materialismo. O Realismo se preocupava apenas com o presente, com o contemporâneo.
    Com o desenvolvimento das ciências, muitos autores foram influenciados no século XIX, principalmente os naturalistas, donde se pode falar em cientificismo nas obras desse período.
    Os autores realistas são antimonárquicos e negam a burguesia.
O Realismo é uma denominação genérica de uma escola literária que abrange as seguintes tendências:
Romance realista – Narrativa voltada para a análise psicológica e que critica a sociedade e partir do comportamento de determinados personagens, em geral, capitalistas. O romance realista tem caráter documental, sendo o retrato de uma época.
Romance naturalista - Marcada pela vigorosa análise social a partir de grupos humanos marginalizados, em que se valoriza o coletivo. O naturalismo apresenta romances experimentais.

      Autores
Machado de Assis – Se destacou como romancista realista. Apesar de ter escrevido obras romancistas,  como Ressurreição, A mão e a luva, Helena e Iaiá Garcia.
Algumas obras realistas de Machado de Assis: Memórias póstumas de Brás Cubas, Quincas Borba e Dom Casmurro.
Aluísio de Azevedo – Escreveu alguns romances românticos, os quais chamou de “comerciais”, pois eram os que mais vendiam. Mas suas maiores obras foram os romances naturalistas, como O mulato, Casa de pensão e O cortiço.
Alunas: Giselle freitas               n:13
            Jéssica Mara               n:18
            Marcela leal                n:29
            Raissa Veloso             n:35
            Sabrina                       n:38
            Ana Carolina               n:42

terça-feira, 4 de outubro de 2011

TURMA 2001 / QUARTO BIMESTRE / LITERATURA

     Montar quatro grupos:
GRUPO 01: REALISMO NO BRASIL
GRUPO 02: NATURALISMO NO BRASIL
GRUPO 03: PARNASIANISMO NO BRASIL
GRUPO 04: SIMBOLISMO NO BRASIL

Cada pesquisa deve seguir o seguinte esquema:
Contexto Histórico
Marco Inicial
Características Literárias
Autores e obras
Análise de uma obra da escolha do grupo

Próxima aula, 19 de outubro de 2011, o representante de turma deve entregar os nomes e números dos componentes dos grupos.

domingo, 2 de outubro de 2011


Grupo: Caroline de Souza, Felipe Alves, Fabricio, Ingrid Felix, Verônica Carvalho.
 
     Charles Darwin, concluiu que as características biológicas dos seres vivos passam por um processo dinâmico em que fatores de ordem natural seriam responsáveis por modificar os organismos vivos. Ao mesmo tempo, ele levantou a ideia de que os organismos vivos estão em constante concorrência e, a partir dela, somente os seres melhores preparados às condições ambientais impostas poderiam sobreviver.
Por perceber que se tratava de descobertas polêmicas, e que contrariavam ideias consideradas absolutas, como a de que as espécies eram imutáveis, Darwin teve receio em divulgá-las. Wallace, que admirava de longe o prestígio do famoso naturalista, enviou a ele alguns de seus escritos acerca de ideias que estava desenvolvendo. Surpreendentemente, ambos estavam estudando o mesmo fenômeno - constatação esta que encorajou Darwin a abrir mão de seu segredo e publicar, juntamente com Wallace, suas descobertas, em 1858.

    Contando com tais premissas, esta teoria afirma que o homem e o macaco possuem uma mesma ascendência, a partir da qual estas e outras espécies se desenvolveram ao longo do tempo. Contudo, isso não quer dizer, conforme muitos afirmam, que Darwin supôs que o homem é um descendente do macaco. Em sua obra, A Origem das Espécies, ele sugere que o homem e o macaco, em razão de suas semelhanças biológicas, teriam um mesmo ascendente em comum.

    A partir dessas afirmações e dispondo de outras áreas da ciência, como a Genética e a Biologia Molecular, vários membros da comunidade científica, ao longo dos anos, se lançaram ao desafio de compreender o processo de variação e adaptação de populações ao longo do tempo, e o surgimento de novas espécies a partir de outra preexistente.

    Quanto a uma das espécies estudadas, Homo sapiens sapiens, surgida há aproximadamente 120 mil anos, sabe-se que esta tem parentesco com os antigos hominídeos. Este grupo, que surgiu há mais de quatro milhões de anos, contempla, além de nós, o Homo habilis (2,4 – 1,5 milhões de anos) o Homo erectus (1,8 – 300 mil anos), o Homo sapiens neanderthalensis, com cerca de 230 a 30 mil anos de existência, e vários outros. Uma constatação interessante é a de que hominídeos de espécies diferentes já coexistiram em um mesmo período.
No dia a dia, costumamos nos referir à expressão "teoria" como sendo algo superficial, simplório, uma especulação. Entretanto, nas investigações científicas, o termo se refere a uma hipótese confirmada por inúmeras experimentações, com alto grau de precisão, durante muito tempo. Assim, estas são dignas de bastante credibilidade. A Teoria da Evolução, assim como a Teoria da Gravitação Universal, são alguns exemplos.
   E segundo Hippolyte Taine, Determinismo é o meio social, a raça e o momento em que vive determinam o comportamento do homem.
Filosofia Positivista, de Augusto Comte
    O método geral do positivismo de Auguste Comte consiste na observação dos fenômenos, opondo-se ao racionalismo e ao idealismo, por meio da promoção do primado da experiência sensível, única capaz de produzir a partir dos dados concretos (positivos) a verdadeira ciência(na concepção positivista), sem qualquer atributo teológico ou metafísico, subordinando a imaginação à observação, tomando como base apenas o mundo físico ou material. O Positivismo nega à ciência qualquer possibilidade de investigar a causa dos fenômenos naturais e sociais, considerando este tipo de pesquisa inútil e inacessível, voltando-se para a descoberta e o estudo das leis (relações constantes entre os fenômenos observáveis). Em sua obra Apelo aos conservadores (1855), Comte definiu a palavra "positivo" com sete acepções: real, útil, certo, preciso, relativo, orgânico e simpático.
     A ideia-chave do Positivismo Comteano é a Lei dos Três Estados, de acordo com a qual o homem passou e passa por três estágios em suas concepções, isto é, na forma de conceber as suas ideias e a realidade:
   Teológico: o ser humano explica a realidade por meio de entidades supranaturais (os "deuses"), buscando responder a questões como "de onde viemos?" e "para onde vamos?"; além disso, busca-se o absoluto;
Metafísico: é uma espécie de meio-termo entre a teologia e a positividade. No lugar dos deuses há entidades abstratas para explicar a realidade: "o Éter", "o Povo", "o Mercado financeiro", etc. Continua-se a procurar responder a questões como "de onde viemos?" e "para onde vamos?" e procurando o absoluto é a busca da razão e destino das coisas. é o meio termo entre teológico e metafisico.
Positivo: etapa final e definitiva, não se busca mais o "porquê" das coisas, mas sim o "como", por meio da descoberta e do estudo das leis naturais, ou seja, relações constantes de sucessão ou de coexistência. A imaginação subordina-se à observação e busca-se apenas pelo observável e concreto.

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Estudos Fisiológicos, de Claude Bernard
     Aquilo que a filosofia deve, antes de tudo, a Claude Bernard, é a teoria do método experimental. A ciência moderna regra-se sempre pela experiência; como ela começou pela mecânica e pela astronomia, como ela não viu primeiramente, na matéria, senão aquilo que existe aí de mais geral e de mais vizinho às matemáticas, durante muito tempo ela não pediu à experiência senão que lhe fornecesse um ponto de partida para seus cálculos, verificando-os na chegada. Do século XIX datam as ciências de laboratório, aquelas que seguem a experiência em todas as suas sinuosidades, sem jamais perder contato com ela. A essas pesquisas mais concretas, Claude Bernard teria aportado a fórmula de seu método, como outrora Descartes, às ciências abstratas da matéria. Nesse sentido, A Introdução à Medicina Experimental é um pouco para nós aquilo que foi, para os séculos XVII e XVIII, o Discurso do Método. Em um caso como no outro, encontramo-nos diante de um homem de gênio que começou por fazer grandes descobertas, e que se perguntou a seguir o que era preciso aprender para fazê-las:
    caminho paradoxal na aparência, e, todavia, único natural, a maneira inversa de proceder havendo sido tentada muito mais freqüentemente, sem jamais ter sido alcançada. Duas vezes apenas na história da ciência moderna, e para as duas formas principais que nosso conhecimento da natureza tomou, o espírito de invenção curvou-se sobre si mesmo para analisar-se e para determinar assim as condições gerais da descoberta científica. Esta feliz combinação de espontaneidade e de reflexão, de ciência e de filosofia, produziu- se pelas duas vezes na França. O pensamento constante de Claude Bernard, em suaIntroduçã o, foi o de nos mostrar como o fato e a idéia colaboram para com a pesquisa experimental. O fato, mais ou menos claramente percebido, sugere a idéia de uma explicação; esta idéia, o sábio pede à experiência para confirmá-la; mas, todo o tempo que sua experiência dura, ele deve manter-se pronto a abandonar sua hipótese ou a remodelá-la sobre os fatos. A pesquisa científica é, pois, um diálogo entre o espírito e a natureza. A natureza desperta nossa curiosidade; nós lhe fazemos perguntas; suas respostas dão ao diálogo uma feição imprevista, provocando novas perguntas às quais a natureza replica, sugerindo novas idéias, e assim por diante indefinidamente. Quando Claude Bernard descreve este método, quando ele fornece exemplos disso, quando ele relembra as aplicações que fez dele, tudo aquilo que ele expõe nos parece tão simples e tão natural que mal se tem necessidade, parece, de dizê- lo: acreditamos havê-lo sabido sempre. É assim que o retrato pintado por um grande mestre pode nos dar a ilusão de haver conhecido o modelo.